terça-feira, 26 de outubro de 2010

JuleWebs





JuLeWebs 
é um blog totalmente voltado para Webs.

Webs são como contos ou fic's, resumindo, são histórias.
Estarei postando aqui na espera de divulgar meu trabalho.

Algumas das histórias postadas serão de minha autoria
e outras de autoria da minha namorada.
Escrevo há algum tempo, mas ainda assim meu trabalho é amador rs, então, qualquer coisa, desculpe.
Os romances são voltados ao tema Gay, em sua maior parte, são relacionamentos entre o sexo feminino.
Não é pornografia, porém existem cenas eróticas.
Não há espaço para preconceito neste Blog.
Lembrando que preconceito é crime, portanto qualquer manifestação homofóbica ou racista será devidamente denunciada às autoridades.
Espero agradar a todos.
sejam bem vindos.

I Hate the Love


Deliciem-se com a História de Amor não tão perfeito assim de Victoria e Ana.
próximo poste, já a história. Criticas construtivas por favor, comentem.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

1

     





 1209. Eram esses números que reluziam na porta de madeira envernizada. Parada em frente a Porta com a chave na fechadura. Era estranho estar ali novamente - estranho e doloroso. Quanto tempo desde a ultima vez que estive ali ? Dois anos ? Três ?! ... Algo entre esses dois e três anos. Não Parecia tanto tempo assim, e ao mesmo tempo pareceu uma eternidade. Foi dilacerante ter que acostumar a uma nova vida. Fuso, temperatura, costumes... Na verdade, agora, analisando melhor, moleza tudo isso, difícil mesmo fora me acostumar com a dor.. Esse pensamento me fez paralisar e mergulhar em lembranças, uma pontada no peito – Ai - agonia, dor, desespero...  EPA! Lembranças Proibidas. CÓDIGO VERMELHO. Balancei a cabeça tentando inutilmente diluir aquelas lembranças. Passei três anos da minha vida tentando ocupar ao máximo minha mente para que não houvesse oportunidade para pensar no assunto. Demorou até que eu pegasse os ´macetes´, mas peguei ia colocar tudo a perder só porque estava ali, e se estava ali era somente porque me julguei preparada para isso. – espero não estar enganada.
     Girei a chave, em seguida girei a maçaneta ao mesmo tempo em que balançava de novo a cabeça – não quero pensar nela .. não posso!
 Entrei na casa. Uma fisgada no peito... Faltava algo ali... Não queria lembrar o que ! Eu ainda não estava preparada.
    O ambiente estranhamente familiar. Não muito diferente desde a última vez. Triste e solitário .. Um tanto aterrorizante. Tinha um ar de abandono – e de fato estava – e decididamente mais sujo.
Fechei a porta adentrando a casa, não era um lar, não me sentia bem ali, aquele lugar umedecia meus olhos, jamais votaria a chamar aquele apartamento de lar.
Entrei no quarto. A cama ainda estava do jeito que a deixara, o lençol um pouco fora do lugar. Caminhei ate a cama virei e deixei que meu corpo caísse na cama deitada de barriga pra cima, olhando o teto. As lembranças me invadindo novamente, fechei os olhos rápido tentando me desfazer dos pensamentos, um erro,não devia ter feito isso, as imagens do passado me invadiram.
      Ali, naquela mesma cama, deitada exatamente no meio da cama de casal uma ruiva deitada, encolhida abraçando os próprios joelhos, quase sufocava tentando conter o choro, respirar doía tanto que ela tentava não precisar mais do ar. Ela ainda tinha um coração ? Um vazio sem fim se apossava do seu peito, se ainda houvesse coração ali, arranquem, por favor ! Coloquem uma pedra, um bloco de metal, um iceberg ou simplesmente não coloque nada. Que sentido tinha viver assim, sem nada ?! Queria não existir, queria não mais sentir essa dor, queria que as lagrimas cessassem. O ar que entrava pelas narinas, parecia queimar ao percorrer cada mínimo pedaço antes de chegar ao peito e contrair meu coração, como se estivessem apertando-o, espremendo, como um limão quando para a limonada, mas eu merecia cada lágrima, cada segundo de dor, cada ferida aberta ali. Ingênua, confiante, presunçosa, otimista, boba, BURRA, tola... Completamente, loucamente apaixonada, assim era eu ! - ou pelo menos ela me fez ser !

      Abri os olhos levei as mãos ao rosto limpando as lagrimas que o banhavam. Ao que parece eu estava enganada, não estava preparada para isso, não podia confrontar o passado, essa lembranças vinham com prazer reabrir as feridas que jamais curariam, embora me obrigasse a pensar o contrario.
Estava claro que não me faria bem ficar ali, tinha que sair o quanto antes. Não sei até quando agüentaria segurar as lágrimas. Fui até a penteadeira e sentei na cadeira que costumava ficar ali. Tudo o que podia ver no espelho era a minha imagem turva por causa da poeira. Passei a mão no espelho limpando-o. Fitei minha imagem por alguns instantes.

     - Não suporto ficar aqui .. Não imaginei que machucaria assim. – Esperei alguns segundos até que meu reflexo respondesse. ( não sou maluca – eu acho – apenas converso com minha consciência. )

     - Mas pra onde ? Pra casa do Guto ?
     - Não, ainda não. Claro ele é meu melhor amigo .. sim eu sei que ele me ama e provavelmente está com saudade, mas não sei se estou reparada para as lembranças que isso trará. Sei que não posso fugir ou evitar pra sempre, é somente por agora. Pode me entender ? – Não sei por quantos segundos esperei uma resposta da menina ruiva refletida no espelho. – Bem, vou tomar banho antes que você realmente responda – disse levantando-me – Não quero ser obrigada a me internar.
      Me sobressaltei com o telefone tocando, não queria falar com ninguém .. aliás, alguém sabia que eu estava ali ? Deixei que tocasse. Peguei a toalha e fui em direção ao banheiro, parei na porta ao ouvir a gravação da secretária eletrônica ..
     - Oiii, sou a futura senhora Hailin – ouvi um estalo, nitidamente o som e um beijo, um selinho. Eu me lembrava bem do sabor adocicado dos seus lábios – Não estamos no momento, ou ocupadas demais para atender – então a ouvi rir, exatamente como me lembrava, sua risada rouca ainda me arrepiava. Ouvi também minha voz ao fundo “ safada “ ela riu novamente mais baixo e mais curto, e então disse quase num sussurro – ligue mais tarde. – e desligou.
Eu já não conseguia segurar as lágrimas.
    - Victoria está aí ? – Era a voz do meu irmão, Juca – Bom, liguei pra mamãe e ela disse que você tinha voltado, porque não me avisou ? Entendo que esta de volta não deve ser fácil, mas também não precisa estar só, se quer manter em sigilo a sua volta, ok .. mas eu quero poder te ajudar. Eu te amo Maria Victoria. Me liga.  – desligou.
   - Te amo Juca.
   Fechei os olhos e respirei fundo no intuito de fazer com que as lágrimas cessassem, tarde demais ...

2




Flashback ]


         Estávamos as duas na cama. Ela beijava meu pescoço enquanto sua mão subia delicadamente por dentro da minha blusa, passando vagarosamente as unhas na minha barriga. Estremeci, ela sabia exatamente onde e como me tocar para me deixar louca. Ela passou a língua pelo meu pescoço e subiu até a orelha, bem devagar, suspirei e pude sentir o cheiro de seus cabelos, aquele aroma que me hipnotizava, eu amava tanto aquele cheiro doce de flores .. lírios. Subi a mão pela sua coxa até sua bunda e apertei com força. Ela mordeu de leve minha orelha e sussurrou ‘  te amo ‘. Ela afastou o rosto de meu, levantando o tronco e sentando em cima de mim, uma perna pra cada lado e então sorriu. O sorriso mais lindo do mundo – pensei. Toda vez que ela sorria assim meu coração pulava .. parecia um .. uma .. parecia a bateria de uma escola de samba .. ou o céu de Copacabana no réveillon. Ela levantou , ficando em pé na cama.

       - Já disse o quanto estou feliz ? - ela disse. Sentei na cama sem tirar os olhos dela.
       - Humm, não .. ainda não.
       Ela levou a mão até a boca, como se estivesse pasma. Seu rosto um tanto infantil. Ela é tão linda – me maravilhava com cada gesto, cada expressão.

      - Como não ?! – ela se abaixou, ajoelhando-se na minha frente – eu sou a mulher mais feliz do mundo! –  deu-me vários selinhos.
 Ela passou a mão na minha coxa, por entre minhas pernas, perto da minha intimidade, senti ela pulsar. O pano da calcinha já úmido.
     - Sabe o que vou fazer ? – ela mordeu o próprio lábio e apertou minha intimidade por cima da calça, tive que segurar um gemido.
     - Por que não me mostra ? – disse com a voz falhando.
     - Acho uma ÓTIMA idéia  – disse baixinho e passou a língua nos meus lábios, me olhou e sorriu. Saiu de perto de mim. pegou o telefone e sentou ao meu lado. Apertou o botão apagando a gravação da secretária.
     - O que esta fazendo ? – perguntei. Ela apenas sorriu apertou o botão para gravar a mensagem da secretária.
     - Oi .. – sorriu para mim - sou a futura senhora Hailin – ela estendeu o braço no ar com a mão esticada verticalmente, olhando o anel que eu acabara de colocar em seu dedo. Ela sorria, não cansava de olhar aquele sorriso. Ela se inclinou para mim e me deu um selinho.
    - Não estamos no momento.. ou – ela me olhou – ocupadas demais para te atender – ela riu, abriu minha calça colocando em seguida a mão por dentro da minha calcinha, sentindo minha umidade.
    - safada – eu disse quase num sussurro. Ela sorriu novamente, mais baixo e a risada mais curta. Ainda mais rouca e sensual. Passou o dedo na minha intimidade molhada, passando pelo clitóris com pressão, o que me fez morder o lábio prendendo o gemido.
    - Ligue mais tarde – disse num “semi-sussuro”, inclinando-se por cima de mim enquanto desligava o telefone e o deixava cair no chão.




[ Fim do Flashback ]

3




               Balancei a cabeça para os dois lados. Fui até a pia do banheiro e lavei meu rosto. Me olhei no espelho, meu rosto vermelho e olhos inchados. Não havia percebido as lagrimas voltando a invadirem meu rosto. Na hora não tive percepção de nada além da dor que invadiu meu peito, rasgando meu coração como faca de serra cega, enquanto as imagens do meu passado invadiam minha mente .. momentos que jamais voltariam.
            Ela saiu do banheiro, pegou a chave do carro e foi rapidamente em direção a porta, ela precisava sair dali quanto antes... Não agüentaria mais nenhum segundo dentro daquele apartamento. Trancou a porta e desceu as escadas, não queria ter que esperar o elevador, foi até a garagem, pegou o carro e foi direto para praia de Ipanema.
           Ela dirigia distraidamente e não percebeu o sinal fechado. O transito estava fraco. Quase não deu tempo de parar o carro. A criança que atravessava a faixa olhava apavorada pro carro. Vick olhava a cena imóvel enquanto segurava com força o volante do carro, ela não tinha certeza se a criança ainda estava viva ou se morrera e esqueceu de cair. Uma mulher apareceu do nada, levando dali o menino, e xingando Vick, deu um chute na lataria do carro antes de sair. Vick levou um tempo pra absorver, que quase causara uma morte. Susto passado, ela continuou seu trajeto assim que o sinal abriu. Estacionou o carro, trancou. Saiu andando em direção a praia, pegou suas sandálias e segurando-as, foi andando em direção ao mar. Andando próximo a água, deixando que as ondas do mar fizessem om que as águas salgadas tocassem seus pés. Andava de cabeça erguida, braços cruzados, olhos marejados, sentindo a água molhar seu pé.

- Porque nada parece ter sentido depois que a perdi ? Isso está errado, porque não posso viver ? - ela parou, sentou-se ali na areia, olhando ao longe o horizonte. Fechou os olhos. 



4



                                                                                                   [ Flashback ]


ㅤㅤ    ㅤVick sentada na areia da praia, observando a imensidão do mar, que parecia não ter fim. Abraçava suas pernas que estavam “encolhidas”. 

Assustou-se um pouco ao sentir alguém vir abraçando-a por trás, e beijando de leve seu pescoço.

- Demorei Ruiva ? – A loira perguntou enquanto aconchegava-se sentando atrás de Vick, com pernas abertas, “ acomodando “ Vick entre suas pernas. E abraçando pela cintura.

Vick sorriu antes de falar:
– Pensei que não vinha mais.
- Ta louca Vick ? Não agüento ficar um segundo sem você, estava morrendo de saudade. – Ana, acariciava com as pontas dos dedos a barriga de Victoria.
- Eu também. – Vick não desviava o olhar do mar. – Já reparou a imensidão do mar Ana ?
- Que papo é esse agora Vick ? – Ana riu. Porém Victoria continuava séria e observando o mar. – Você está estranha Maria Victoria, o que a senhorita está pensando ? – perguntou abraçando um pouco mais forte a ruiva.
- Eu te amo Ana, te amo muito. Acho que nunca disse a você o quanto te amo. – Victoria colocou suas mãos sobre as de Ana e acariciou – Te amo tanto, que não saberia mais viver sem você... Eu, amo tanto, que não consigo explicar..
Ana sorria abobalhadamente.
- O que houve com você Vick ? – dizia rindo. - O papel de namorada romântica é meu o-k ? – falava divertida. Maria Victoria continuava séria, olhando o mar. – Heey ruiva, eu te amo ! – disse beijando o ombro de Vick.- Sabe, vendo o mar daqui, parece não ter fim. é assim o que sinto, é infinito. – disse Vick.
- Bebê, você não é romântica assim – ria – Você me surpreende a cada minuto sabia ? Eu te amo tanto.
Vick virou um pouco o rosto pra olhar para Ana.
- Tenho medo de te perder. – disse com o semblante um pouco triste. Ana ficou com a expressão um pouco mais séria, deu um selinho demorado nos lábios de Vick.
- Um medo bobo, eu sou tua. Eu te amo. Eu te quero. Eu preciso de você... Por toda a vida !
Victoria virou o rosto novamente, olhando para o mar.
- Jura me amar pra vida toda ?
- Não Vick, a vida é curta demais pra tanto amor. – uns segundos em silêncio – após a morte, ainda a amarei .. – Ana apoiou sua cabeça no ombro de Victoria, observando o mar novamente. O vento soprou fazendo o cabelo de Ana voar em direção ao rosto de Vick.
Victoria fechou os olhos e suspirou fundo. Sentiu um perfume doce invadir suas narinas, um cheiro leve que a lembrava lírios. Ficaram assim, abraçadas e em silêncio por vários minutos (...) 
ㅤㅤㅤ

                                                                    [ Fim do Flashback ]



5


Vick abriu os olhos assustada. Jurava que tinha ouvido a voz de Ana gritando. Ela olhou para os dois lados procurando a amada. Então olho para trás, talvez na esperança de que tudo não tivesse passado de um sonho ruim, e sua loira estivesse vindo em sua direção, abraçar-lhe por trás e dizer que a amaria mesmo após a morte. Voltou a olhar o mar novamente, riu de si mesma, abaixou a cabeça balançando-a negativamente

- E eu que jurei nunca mais pensar em ti – disse pra si mesma, enquanto levantava. Sacudiu um pouco a areia. E continuou andando. Olhando pra baixo, observando a água bater em seus pés.
ouviu ao longe, gritos e risadas. Levantou a cabeça, e um pouco distante de si, viu duas meninas abraçadas, a beira mar também. Elas pareciam conversar sobre algo, um momento romântico sem dúvidas. Então as duas mulheres se beijaram. Uma delas interrompeu o beijo e saiu correndo e gritando. A outra corria atrás, rindo. Chutavam a água. Corriam na direção em que se encontrava Victoria. Os dois vultos se aproximavam cada vez mais.
Victoria observava tudo com o coração em pedaços. Como queria ser ela ali, aliás, ela e sua amada. E como doía saber que jamais poderia ter Ana de volta.
- Eu me recusei tanto a amar, eu era tão forte. Eu nunca quis amar, nunca desejei... Nunca precisei de amor. – sorriu triste – o que aquela loira fez comigo ? – e novamente lágrimas invadiam seus olhos.


- AAAAAH, vem aqui ! – a mulher mais distante gritou.

ㅤㅤ

Vick voltou sua atenção rapidamente pra cena. Viu essa Mulher que acabara de gritar, tinha o cabelo castanho num quase loiro, agarrar a morena pela cintura. E então a beijou de novo. Vick ficou ali observando aquela cena por um tempo que nem ela mesma soube calcular. Ela não agüentava ver aquilo. Porque não podia também ser feliz ? Queria sair correndo dali, mas seus pés não se moveram e seus olhos não desviavam. 
As duas moças se separaram, rindo e brincando uma com a outra. A morena andou m pouco mais a frente apressando a outra  ‘ vamo amor, você ta me devendo um sorvete ‘. Ela ria.  ‘ você trapaceou ‘  respondeu a quase loira indo em direção a morena, ao mesmo instante qe vê Vick a uma distancia considerável. As duas se encaram por alguns segundos ...